A osmolaridade, que também pode ser chamada de concentração osmótica, trata-se de uma medida de concentração de soluto, sendo definida como o número de osmoles de soluto presentes em um litro de solução.
Saber calcular a osmolaridade de uma dieta é de extrema importância, pois ela irá definir a quantidade que será ministrada ao paciente. É como administrar a quantidade correta de um medicamento: um erro pode prejudicar o paciente e causar sérios problemas para o profissional responsável.
Por isso, saber como calcular a osmolaridade de uma dieta enteral, nosso assunto de hoje, é um conhecimento indispensável na nutrição clínica. Com isso, vamos entender melhor sobre o cálculo da osmolaridade, o que seria ter uma baixa osmolaridade e muito mais. Confira!
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Para quem é indicada a dieta enteral?
A dieta enteral é aquela realizada por meio de uma sonda fina, que pode ser inserida na área nasal do paciente ou através de uma pequena cirurgia para inseri-la diretamente no intestino ou no estômago do paciente.
A alimentação via dieta enteral, feita pela sonda, utiliza fórmulas nutricionais personalizadas de acordo com as necessidades do paciente.
Tendo em vista que essa dieta é feita por meio de uma sonda, ela é indicada apenas em casos onde o paciente não consegue realizar uma alimentação convencional. Neste caso, é quando este indivíduo não é capaz de deglutir o alimento, seja por problemas na região da mandíbula ou por outros casos – estando em coma, por exemplo.
Além disso, também poderá ser a melhor opção em casos onde o indivíduo não está recebendo todos os nutrientes e as calorias necessários para o pleno funcionamento do organismo através da alimentação tradicional (pela boca).
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Em resumo, a dieta enteral é indicada para pacientes em casos específicos, não sendo uma opção viável para qualquer pessoa que tenha interesse neste tipo de alimentação.
Entenda como calcular a osmolaridade da dieta enteral
O paciente que irá receber uma dieta enteral precisa ter um volume exato para atender às suas necessidades energéticas, só que essa é uma tarefa difícil, afinal, é preciso realizar o cálculo correto da quantidade.
Por exemplo, para calcular a quantidade que deverá ser ministrada por hora ao paciente é preciso fazer o seguinte:
- Saiba qual é a necessidade energética diária do paciente;
- Determine a densidade energética da dieta enteral – se será feita como normocalórica ou hipercalórica. Isso será de acordo com a situação atual do paciente;
- Em seguida, será feito o cálculo para identificar qual deve ser o volume total da dieta enteral do paciente. Neste passo, é feita uma divisão do valor energético total pela densidade energética da fórmula que será utilizada na dieta enteral.
Através deste passo a passo, você conseguirá obter o valor exato da quantidade, por ml, que deverá ser ministrada ao paciente.
O que significa baixa osmolaridade?
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Como vimos acima, é chamada de osmolaridade a concentração total de solutos presentes em uma determinada solução. Ou seja, quando falamos que temos uma baixa osmolaridade, estamos falando que a solução possui menos partículas de soluto por litro.
Caso houvesse uma solução com alta osmolaridade, seria uma que contenha mais partículas de soluto por litro na solução.
Qual a osmolaridade da dieta parenteral e enteral?
Na dieta parenteral, a indicação é de que a osmolaridade seja de no máximo 900 mOsm/L se for feita através da via de administração periférica.
Caso passe desta quantidade, a recomendação é de que seja utilizada a via de administração central, sendo uma forma de prevenção contra o possível surgimento de flebites (uma inflamação na veia superficial que poderá acabar gerando um coágulo) no paciente.
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Enquanto isso, na dieta enteral, existem mais de uma opção recomendada. Por exemplo, em casos de osmolaridade abaixo de 300 mOsm/L, classificamos como hipotônica. Quando a osmolaridade está entre 300 a 350 mOsm/L, classificamos como isotônica. E quanto está acima de 350 mOsm/L, a osmolaridade é classificada como hipertônica.